Como eu gostava de ter tempo para poder atualizar este blog com mais regularidade. Mas a falta de tempo nem sempre é mau sinal. No meu caso, é por bons motivos. 


Tal como escrevi aqui na última publicação, deixei o meu trabalho como jornalista no jornal local em setembro, e poucos dias depois o jornal fechou. Foi mais uma empresa que não resistiu à crise... 


Contei-vos também que durante os meses seguintes um trabalho que eu já fazia em part-time iria ser o meu trabalho a full-time. E assim foi, até ao final do mês de março. Em abril voltou a ser part-time, porque no dia 1 de abril - e quase parecia mentira de tão bom que é - comecei a trabalhar num novo local, na minha área. Não no jornalismo, mas na comunicação. E foi uma proposta que me caiu mesmo do céu, e como eu estou grata e feliz por esta oportunidade. 


Ainda no final do mês de março outra mudança aconteceu: a minha mudança para a minha casa, a nossa casa. Sete anos depois, juntámos finalmente os trapinhos, e sinceramente acho que não poderia estar a correr melhor. Confesso-vos que inicialmente tinha algum receio. Afinal, a grande maioria das pessoas com quem falava sobre isso dizia-me que as coisas não seriam nada fáceis, que ia haver muitas discussões no início, muita coisa para mudar um no outro. Tudo isso me assustou. Comecei a recear que se fosse estragar algo que já era tão bom. Sabem o que aconteceu? Ficou ainda melhor. Não há discussões, e somos verdadeiramente uma equipa. 


Mas não só de coisas boas se fizeram estes cinco primeiros meses do ano... Na reta final do mês de abril perdi o meu avôzinho. Ele tinha alguns problemas de saúde, mas supostamente nada de grave, e ninguém esperava que de um momento para o outro ele se fosse. Resta-me o consolo de pensar que agora está com a minha avózinha e que um dia nos vamos voltar a ver os três. 

Apesar de nem só de coisas boas se fazer a nossa vida, conseguimos retirar o sentimento de gratidão de tudo, até das menos boas. Estou muito grata por ter tido o meu avôzinho comigo quase até aos 32 anos. Infelizmente há muita gente que não tem essa sorte. 


Mais do que quererem lutar por aquilo que não têm - mas sem nunca passar por cima de ninguém - saibam, acima de tudo, agradecer por tudo o que têm. 


Não vos prometo que vá voltar a ser assídua por aqui, mas posso prometer que vou dar o melhor de mim para tentar não passar tantos meses sem aqui vir.